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sexta-feira, 27 de abril de 2007

À uma pixuna, ou a virgem mais virgem

(André Lopes)

Minha puta das carnes quentes

Minha fonte de renda furta-cor

Ânsia de todas as noites,

Exceto dos domingos frios

Que dedica aos seus queridos filhos

Assassina em potencial de corações meninos

Ainda mal dados à ereção

Escrava dos teus desejos

E dos seus ascos matinais

Rum com vodca quando acorda

Um maço de cigarro na hora do almoço

Café requentado no boteco do Seu Galego

E com os olhos socados pelo sono atrasado

Olha indecisa pra torre da Catedral

E pensa nos pintos de mais tarde, nos cús e nas bucetas.

Nas transas irrealizáveis, na saburra das bocas dos velhos

Bem comportados da repartição e da diretoria, no cancro

Da Assembléia Legislativa, no corrimento das senhoras posudas

Da Secretaria da Educação, das diretoras das Pseudo-Faculdades, das Pedagogas

Assexuadas e das Adventistas que sonham desesperadamente com

Um orgasmo múltiplo

Você minha pixuna que viu todos os orgasmos e não teve nenhum

Vá pro seu rum com vodca, seu café requentado, seu maço de cigarros e

E espere o Zepelim.

Um comentário:

Rê Paiva disse...

Eu disse que ia comentar...e não comentei....Isso foi escrito em 2007.....vc já me cohecia???? rs...Não publique, guarde para vc.....Ai André...deixa pra lá...já passei do meu horário....ainda bem que vc mora em gyn.....beijo...demorado...molhado...quente....