Heneágono
(André Lopes)
Opções fulgurantes e um barco a vela
Desliza prazenteiro como um beijo
Fincado nas espumas passadas
Vazio, forte e ondulante.
O rosto na janela ouvia flores
Morrendo ao nascer do dia
E a serpente grisalha engolia
As nove esferas infernais
A vida é um calabouço de delírios
E a erva mais daninha derrubou
Os muros de vidro da íris de
Olhos neutros
Ó Musa! Dá-me a vírgula boreal
E me coloque na ponta dos dedos
Em uma praia deserta cheia
De pronomes pessoais intransferíveis
(André Lopes, 16/03/07)
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