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terça-feira, 10 de abril de 2007

Heneágono

(André Lopes)

Opções fulgurantes e um barco a vela

Desliza prazenteiro como um beijo

Fincado nas espumas passadas

Vazio, forte e ondulante.

O rosto na janela ouvia flores

Morrendo ao nascer do dia

E a serpente grisalha engolia

As nove esferas infernais

A vida é um calabouço de delírios

E a erva mais daninha derrubou

Os muros de vidro da íris de

Olhos neutros

Ó Musa! Dá-me a vírgula boreal

E me coloque na ponta dos dedos

Em uma praia deserta cheia

De pronomes pessoais intransferíveis

(André Lopes, 16/03/07)

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