Cálice vadio
(André Lopes)
Um cálice vadio
De testemunha
Vermelho nas bordas
Do seu louco batom suave
E quente
No fundo da garganta
Um silencio contraído
Na frente do espelho
Quebrado na retina
Dos olhos amantes
E silenciosos...
Uma parte de mim desdobra
E o caos se instala
E estrala o vai-e-vem
Dos corpos...
Parece éter de carnaval
Mesmo eu nunca tendo
Cheirado parece a memória
De éter de carnaval
Mesmo eu não gostando
De carnaval
Parece samba-choro-pileque
Epilética-valsa!
Nenhum comentário:
Postar um comentário