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terça-feira, 10 de abril de 2007

Quando o pensamento vira música

(André Lopes)

Era olhar aqueles olhos

E lá bem dentro querer repousar

Todo um sono atrasado,

Apertar num abraço apertado

E sentir o cheiro que não vinha

Naquelas noites mais vazias e azuis.

Fui infante guerreiro, insano pirata

E drácula lisonjeiro, hoje me pareço

Com a loucura beata de Dom Quixote

Tecido de fragmentos, desde Amadis de Gaula

Aos doze pares de França.

Passo os dias escolhendo, como o louco cavaleiro,

minha donzela e minha lança. Sinto minha armadura tão

frágil como a dele, mas minha esperança nasce do sonho

o melhor lugar pra enfrentar gigantes colossais.

Vou fazendo de conta que a água é cristalina

Pois a palavra mais acertada custa a sair do

Meu coração, que é manso dentro da mais bravia

Tempestade e pulsante na mais pura calmaria.

Tentei quase todas as orações, fui no Nepal

Comprar insensos e no Himalaia me sagrar imortal

Amansei os cavalos mais selvagens com

Flores da Holanda e voltei pra casa

Com o peito apertado

Numa vontade danada de... ...

07/02/07

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