Ofício
Hoje acordei como um jardineiro
Disposto a distribuir flores
Na verdade
Acordei mais andarilho do que jardineiro
Meus dois ofícios
Minha vida até agora foi isso
Caminhar e distribuir flores
Carrego nas mãos
Flores sadias
Que em algumas mãos se adoecem
E morrem repentinamente
O porquê disso pouco me importa
Ando a distribuí-las
Esses dois eus dentro de mim
Agitam minha essência
Um é desatino o outro é meta
Por trás de tudo isso
Um canto triste
Uma melodia em tom menor
Uma janela um oceano e um luar.
Um comentário:
André,
Estava escrevendo e resolvi visitar seu blog, apesar da recíproca não ser verdadeira...rsrs...Cita flores em seu texto, justamente quando estava recordando a imagem das calçadas repletas de flores dos ipês...Enfim, estou com saudades de casa...:(
bjo
Ps: deveria escrever sobre eles..
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