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domingo, 28 de março de 2010

Agora não

Esporadicamente há um mês Alaor ouvia de sua esposa na cama:
- Agora não!
Ele consentia, virava por canto e tentava dormir.
Certo dia Alaor encontrou Amarildo, canalha requintado, conselheiro de destruição de lares.
- bixo to num enrosco!
- diga lá meu velho.
- a Lurdes veio com papo de “agora não’ na hora do vamo vê.
- e o que você faz? Dá no coro ou dorme?
- deixou quieto e vou dormir.
- tá tudo errado. Quando elas dizem não elas querem sim. É a hora de você pular em cima e dá uma trepada bem gostosa com ela, arromba o cuzinho dela e tal. Compreende?
- to ligado.
Alaor foi pra casa com a pulga atrás da orelha.
Chegando em casa Alaor surpreende Lurdes ao telefone toda prosa já se despedindo nesses termos: “Tchau Dodô!” Era assim que a rapaziada chamava o experimentado Amarildo.
Sem cor Alaor chega perto de Lurdes:
- oi benzim!
-oi! Já tão cedo em casa?
-eu quero você agora.
-ah agora não! To ocupada.
- mas eu quero agora.
Em menos de cinco minutos Alaor dominava seu benzinho com violência e força descomunal. Aos berros ela pedia misericórdia e gritava socorro em vão.
No dia seguinte a polícia encontrou o corpo de Lurdes com as mãos amarradas, uma faca enterrada no peito e uma colher de pau fincada pela metade em seu ânus.

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