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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

SENSAÇÃO

As vezes sinto-me súdito
Simples vassalo do seu olhar
E quando o mundo finge em querer parar
Procuro retomar a respiração
E fazer de conta sentir o sangue das minhas veias
Embaralhar-se ao seu
Tudo isso por causa do silencio que vez ou outra habita nós dois
E na esperança de sentir a febre de um beijo
Temo me arriscar em misteriosa embarcação
Mesmo prevendo as aventuras desse mar, suas bonanças e temporais
Desconheço seus segredos e desejos
O que me motiva querer seguir
Pois guiado pelas estrelas que não brilham para me enganar
Carrego no peito a esperança de uma terra firme
Muito além da Taprobana como cantou o bardo de um olho só
Que na manqueza do seu olhar enxergou a verdade ambígua do amor.
E eu, rudimentar mortal, que tem dificuldade de enxergar além
Canto a ti esse canto desalinhado repleto de vai e vem
Para te dizer se algum dia quiseres
Serei teu cantor, amante e poeta.

(André Lopes)

3 comentários:

Rê Paiva disse...

Perfeito!

Pat Chanely disse...

Ê... Camões na veia... E,tu, hein? Muito bom!

Roseli disse...

Muito bom mesmo, um dos meus preferidos até o presente momento...