O raro encontro
Depois do pasto, atrás da Serra Azul
Nascia um sol dourado
Espreguiçando lento em seu colchão de estrelas.
Em cima dele ainda brilhava algumas
Nuvens pequeninas que a medida que seus
Braços honestos e brilhosos avançavam o céu
Criava novas formas.
Formas nítidas e diverssas que brincavam
Calmamente no fundo dos olhos mais atentos,
Olhos de amantes, de diamantes, que não enxergam outra coisa
A não ser o céu, o limite do amor, onde as coisas nascem
Potentes e silenciosas como um copo de vinho
Ou um beijo esperado!
E o mesmo sol, no seu avançar total, iluminava
O brejo mais distante e escuro
Dando vida àquilo que já estava quase morto!
Em meio a todo esse encanto o fino Sol
Fazia seus feitos com grande melancolia
Porque fazia só! Sempre cantando pra disfarçar
A tristeza da noite fria que o separava da Lua,
A eterna amante que ele encontrava quando
Todos já dormiam entre o amanhecer e o anoitecer
Para que ninguém pasmasse e se ofendesse
Com a honestidade daquele amor!
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